O Fórum Nacional de Governadores adiantou para esta segunda-feira, 23, a reunião para discutir maneiras de acalmar os ânimos entre o Palácio do Planalto e a cúpula de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se a relação entre Executivo e a mais alta Corte do país estava estremecida, piorou ainda mais na sexta-feira passada, 20, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pedir o impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, que incluiu o chefe do Planalto na investigação do inquérito das fake news.
Com a antecipação do Fórum, os governadores, não alinhados ao presidente Bolsonaro, querem evitar maiores desgastes políticos para o país.
Para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), existe nesse momento preocupação geral com agressões e conflitos em série, que prejudicam a economia e afastam o país da agenda real como investimentos, empregos e vacinas. "A democracia deve prevalecer e as polícias não serão usadas para golpe", disse nas redes sociais.
Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o Fórum já estava organizado para tratar de temas como a reforma tributária e o projeto dos governadores pelo clima. No entanto, o governador piauiense ressaltou que a reunião foi antecipada, mediante a crise entre os Poderes da República, que afeta os investimentos e piora a situação nacional.
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