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segunda-feira, 25 de março de 2013

Chaguinhas não abre mão da CPI da Multicooper

Vereador Francisco Chaguinhas
O vereador Francisco Chaguinhas (PRP) deve encaminhar nesta segunda-feira, à Mesa Diretora da Câmara de São Luís, requerimento solicitando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades contratuais entre a Prefeitura e a cooperativa Multicooper.

Para que o processo de investigação seja aberto no Legislativo são necessárias 11 assinaturas, sendo que o autor da proposição garante já contar com nove assinaturas.

"A Multicooper tem sido um fantasma que tem bailado nas discussões do Legislativo Municipal, desafiando a tudo e a todos. Nós entendemos que uma empresa dessa natureza tem que ter lastro financeiro para quando o prefeito não tiver dinheiro para pagar dois ou três meses, a empresa chegar e pagar. Agora, deixar os funcionários à revelia e à própria sorte para ser instrumento de politicagem para alguns, não pode", declarou Chaguinhas.

A Multicooper é uma cooperativa de funcionários que presta serviços à Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo o parlamentar, a empresa vem mantendo mais de cinco meses de salário atrasado, envolvendo pessoas que trabalham como vigilante, porteiros, recepcionistas, professores e demais trabalhadores que trabalham no sistema operacional da rede de ensino de São Luís.

Vereador Ricardo Diniz
Um dos sócios da cooperativa, o vereador Ricardo Diniz (PHS) rebateu as críticas e afirmou que não há necessidade de instalação de uma CPI para apurar o caso, pois desde abril de 2012, não existe mais nenhum contrato assinado com a Prefeitura de São Luís. “Qual seria o motivo para abrir uma CPI? Não existem motivos. Os fundamentos apresentados pelo vereador Chaguinhas são fracos”, declarou Ricardo Diniz.

Ele reafirmou que a Multicooper deixou de prestar serviços para o município e que a Prefeitura devia repasses dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril passado. Ele destacou que os funcionários da cooperativa foram demitidos, sendo que uma boa parcela de funcionários continuou trabalhando para a administração municipal de forma voluntária, ou seja, por conta e risco.

No entanto, o vereador Chaguinhas destacou que seu requerimento é legal e tem todas as prerrogativas para apurar, o que ele chama de uma “cortina de fumaça” entre a cooperativa e a Prefeitura.

“Estamos pedindo a instalação da CPI para que tudo possa ser passado a limpo. Qualquer empresa que venha fazer contrato com a Prefeitura de São Luís precisa ter lastro financeiro e observamos que muitas empresas chegam só com o CNPJ, contratam pessoas, vão prestar serviço para o Executivo e quando atrasa um ou dois meses geral uma convulsão social”, ressaltou.

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