Chaguinhas quer a instalação da CPI para analisar contratos |
O líder do PRB na Câmara de São Luís, vereador Francisco Chaguinhas (PRB), informou que já existem nove assinaturas para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito CPI da Multicooper, cuja denominação foi alterada para “CPI das Terceirizadas”, numa forma de ampliar o foco de investigação. Para o parlamentar, autor da proposição, a apuração dos fatos, envolvendo contratos da gestão anterior, é natural e importante para que o parlamento municipal possa conhecer bem o que foi feito com os recursos públicos para o setor.
“A cooperativa Multicooper foi bem representada nesta Casa na legislatura anterior e no auge da discussão, por pessoas da oposição, levou os demais vereadores ao constrangimento. Fomos, aqui nesta Casa, vaiados e no meu entendimento a Câmara Municipal não tem nada a ver com isso, por conta do próprio contrato assinado entre a própria Prefeitura e a cooperativa”, declarou Chaguinhas.
Ele destacou que a Prefeitura de São Luís deve algo em torno de R$ 8 milhões à Multicooper. “Portanto, precisamos saber desse contrato com o Executivo. É importante que se deixe bem claro que é necessário avaliar que existe uma cortina de fumaça entre o Executivo e esse contrato assinado com a Multicooper”, ressaltou Chaguinhas.
O 2º vice-presidente da Câmara de São Luís, Pavão Filho (PDT) declarou que ser favorável à CPI, desde que existam argumentos convincentes sobre o assunto em questão. “Não me furto ao direito de assinar a CPI, mas entendo que se é para haver uma investigação, é necessária que ocorra uma investigação parlamentar mais ampliada, que possamos desvendar a caixa preta da educação no município”, frisou.
De acordo com o vereador Ricardo Diniz (PHS), ex-sócio da cooperativa Multicooper, não existe mais nenhum contrato com a Prefeitura de São Luís. Deixamos de ter contrato com o Executivo desde abril de 2012.
“A questão com o débito, a Multicoopper não ficou devendo nenhum cooperado, pois todos os meses trabalhados foram pagos. O que ocorre é um débito da época da SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes), cujo atendentes eram terceirizados e o contrato findou, e na hora de pagar os funcionários nas suas recisões e meses trabalhados, a Prefeitura não pagou e a Multicooper pegou o dinheiro para pagar indenizações contando com o que receberia futuramente. Fato que não ocorreu na gestão do ex-prefeito João Castelo”, enfatizou.
Ricardo Diniz disse não ser contra a instalação da CPI na Câmara, mas se coloca na condição que só assina o requerimento do vereador Chaguinhas, caso a discussão e o alvo da apuração seja ampliado para a Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Entendo que a situação merece uma discussão, um debate mais ampliado. Agora, da forma como o foco da discussão está sendo colocado na pauta da Casa, não posso aceitar”, declarou.
Para o líder do governo municipal, Honorato Fernandes (PT), o prefeito Edivaldo Holanda Jr (PTC) está muito tranquilo quanto à instalação de qualquer CPI. “Estamos no início de gestão. Portanto, se a Câmara entender que a discussão é salutar e apresentar fatos concretos para apreciação dos colegas de que existem indícios de irregularidades e que se possa ter uma CPI, não tenho nenhuma dificuldade e o prefeito Edivaldo Holanda Jr entende que essa é uma prerrogativa da Casa, que tem de avaliar ou não. Se houver CPI da Saúde, da Educação ou dos Transportes, quero dizer que o prefeito está muito tranquilo”, enfatizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário