Clientes voltam às agências no Maranhão |
A categoria dos bancários no Maranhão decidiu aderir à orientação nacional e encerrar a greve, ontem à noite, depois de 26 dias de paralisação. A definição foi tomada em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Bancários, no Centro de São Luís.
Apenas funcionários das agências do Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que ofereceu reajuste de 8% para salários e benefícios e de 8,5% para o piso salarial.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários no Maranhão, José Maria Nascimento, a categoria esteve reivindicando reajuste de 22%, além da contratação de mais bancários, isonomia, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 25% linear, piso do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de R$ 2.860,21, reposição das perdas salariais, combate ao assédio moral, saúde, segurança, respeito à Lei das Filas e melhora das condições de trabalho e atendimento nas agências.
“A greve mostrou que a categoria está insatisfeita com a realidade que vive hoje, principalmente pela sobrecarga de trabalho devido à falta de funcionários nas agências. Está insatisfeita com o salário rebaixado, diante dos grandes lucros do bancos, e que não tem valorização salarial. Nós estamos também insatisfeitos com o piso da categoria que foi alterado agora para R$ 1.648,12. Portanto, está sendo reivindicado não só melhorias para a categoria, mas também condições de trabalho para atender melhor a sociedade”, declarou José Maria Nascimento.
O presidente do Sindicato dos Bancários disse ainda que a palavra final foi da maioria da categoria que resolveu aderir ao fim da greve nacional. “Como os grandes centros como São Paulo Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte retornaram ao trabalho a maioria deliberou pela volta ao trabalho nas agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e demais bancos privados. Já com relação ao Basa e BNB será reavaliado isso junto às bases do Pará e do Ceará, respectivamente onde ficam as sedes desses estabelecimentos. A partir de uma visão global é que devemos deliberar sobre a continuidade ou não da greve nesses dois bancos”, frisou.
José Maria Nascimento informou que nos bancos públicos as perdas variam de 70% a 100%. “São perdas que a gente vem acumulando ao longo dos anos e nós precisaríamos ter um reajuste de um percentual altíssimo. Vamos estabelecer um calendário que reposições anual para a gente diminuir essas perdas. Hoje, pedimos 22% do piso salarial e o que nos foi proposto foi apenas 8%. A gente considera que fomos rebaixados, mas a categoria, em sua maioria no país, decidiram aceitar esse percentual”, observou.
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