De acordo com Ricardo Arruda, os valores exatos somam R$ 5.187.805,06, pagos entre abril e agosto deste ano, supostamente destinados à recuperação de unidades escolares do município. No entanto, um levantamento feito pelo deputado, com registros datados, fotografias e georreferenciamento das escolas — desde a sede até os povoados mais distantes — apontou que nenhuma obra foi efetivamente realizada.
“Esses recursos não eram para construção de escolas novas, mas sim para reformas e manutenção. Percorremos todas as unidades e não encontramos absolutamente nada que justifique os pagamentos realizados pela Prefeitura”, afirmou Arruda, ao exibir imagens das escolas ainda em situação precária.
O parlamentar também criticou a forma como a contratação foi feita. Segundo ele, o prefeito Gilson Bomfim rescindiu um contrato de manutenção predial já vigente, optando por uma nova empresa sem sequer realizar pesquisa de preços. A escolhida, a Tesla Engenharia, recebeu um contrato de R$ 13 milhões e já embolsou mais de R$ 5 milhões, embora, segundo a denúncia, não tenha executado os serviços.
“Se a empresa anterior não prestava um bom serviço, o prefeito poderia buscar outra opção mais vantajosa. Mas o que fez foi descartar as demais propostas e contratar justamente a mais cara. E pior: manteve a mesma empresa em outros contratos, como na Saúde e na Administração, e só rescindiu na Educação — justamente onde está o maior volume de recursos”, destacou o deputado.
Representações
Em tom de desafio, Ricardo Arruda chegou a abrir mão da imunidade parlamentar para que o prefeito possa processá-lo, caso suas informações sejam falsas. “Basta que o prefeito apresente os processos de medição das obras. Se ele provar que os serviços foram executados, retiro tudo o que falei”, declarou.
O deputado ainda anunciou que já prepara representações formais para o Ministério Público Federal, Gaeco e Polícia Federal, uma vez que parte dos recursos questionados tem origem no Fundeb.
Nenhum comentário:
Postar um comentário