Em política há um ditado que diz que: "os fins justificam os meios". Percebe-se muito bem isso após o ministro do Esporte, o maranhense André Fufuca (PP), sair pela tangente ao ser questionado sobre sua permanência no governo Lula durante a oficialização da federação entre PP e União Brasil, nesta terça-feira (19). O silêncio, no entanto, colocou ainda mais pressão sobre sua posição política.
Ao ser indagado diretamente se ficará no governo até o fim, Fufuca se esquivou: “Não, eu não falo sobre isso. O assunto aqui é outro”. A frase soou como uma tentativa de ganhar tempo em meio ao processo de consolidação da União Progressista, que já deu sinais claros de distanciamento do Planalto.
Apesar de afirmar que mantém uma “boa relação pessoal” com Lula e acreditar que “o Brasil está no caminho certo”, Fufuca terá de enfrentar um dilema: ou continua no governo, contrariando a linha que vem sendo construída pela federação, ou se afasta do cargo para não ficar isolado dentro do próprio partido.
O presidente do PP, Ciro Nogueira, já deixou claro que a posição da legenda é coletiva. E, nos bastidores, lideranças da União Progressista são categóricas: até o fim de 2025 o rompimento com o governo será inevitável. “Sem chances de iniciarmos 2026 no governo”, disse um dirigente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário