Continua repercutindo nos bastidores a ação da Polícia Federal que deflagrou na segunda-feira (4) uma operação em Imperatriz, no Maranhão, para investigar um suposto esquema de compra de votos nas eleições municipais de 2024. Batizada de “Operação Eclesiastes 5”, a ação cumpriu 11 mandados judiciais, incluindo buscas no comitê eleitoral e na residência do deputado federal Josivaldo JP (PSD), que foi candidato à prefeitura da cidade nas eleições do ano passado.
De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que eleitores teriam recebido combustível em troca de votos. Além das buscas, a Justiça Eleitoral determinou o bloqueio e o sequestro de bens no valor aproximado de R$ 700 mil. Cerca de 50 agentes federais participaram da operação, que teve como objetivo aprofundar a investigação sobre possível abuso de poder econômico durante a campanha.
Durante a ação, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos na tentativa de reunir provas que possam confirmar as suspeitas levantadas pela investigação. O inquérito tramita sob autorização da Justiça Eleitoral.
Em pronunciamento, o deputado Josivaldo JP afirmou ter sido surpreendido pela operação e declarou que está à disposição das autoridades. “Fui surpreendido com uma busca e apreensão na minha residência e no meu escritório. A denúncia é sobre suposta compra de votos. Mas eu nem fui para o segundo turno, não ganhei a eleição”, disse o parlamentar. Ele também destacou que fez uma “campanha limpa, de sentimento e de proposta” e questionou a motivação da operação. “Não sei qual é o intuito disso”, concluiu.
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