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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

IBGE destaca queda no analfabetismo no Maranhão

João Ricardo Costa Silva, analista do IBGE
Queda na taxa de analfabetismo, aumento no ganho real do rendimento e acesso a bens foram as principais áreas em que o Maranhão melhorou nos últimos 10 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2003, o estado tinha 21,7% da sua população analfabeta. Em 2013, quando a pesquisa foi realizada, esse índice era de 17,9%. O estado foi o quinto em ganho real do rendimento, mas a pesquisa também mostra que o Maranhão ainda tem muitos desafios a superar.

A Pnad mostrou que o Maranhão ultrapassa os 6,8 milhões de habitantes (3,4% do total da população brasileira, que é 201.468 milhões de habitantes). Assim como o Brasil, a população idosa do estado, acima de 60 anos, está crescendo, representando 36% do total de maranhenses. Conforme a pesquisa, 58,25 da população do estado é urbana contra 41,75% vivendo na zona rural. "O Maranhão ainda é um estado rural, mas também é preciso lembrar que a distribuição de população por zona depende da lei de zoneamento de cada município e muitas prefeituras do interior ainda não fizeram essa atualização. Então, é possível termos menos maranhenses vivendo na zona rural", comentou João Ricardo Costa Silva, analista de planejamento do IBGE, no Maranhão.

Analfabetismo - De 2003 a 2013, a taxa de analfabetismo caiu em todas as faixas etárias no Maranhão. Porém, percebe-se que a queda foi mais acentuada entre os maranhenses que têm de 7 a 14 anos e menor entre a população que tem acima de 50 anos. "Há muito investimento na educação básica, mas quem não conseguiu se alfabetizar durante essa fase tem dificuldades de ter acesso ao ensino depois", observou João Ricardo Costa Silva.

Segundo a Pnad 2013, 45,30% dos maranhenses acima de 50 anos são analfabetos (586 mil pessoas), contra 18,7% de quem tem de 7 a 14 anos. "Em 2003, a taxa de analfabetismo entre os maiores de 50 anos era de 51,8%, maior que o verificado agora. No entanto, é preciso cair mais, pois esse índice impacta diretamente no baixo desempenho do IDH do estado. Para melhorar o índice, é preciso aumentar a média de anos de estudo das pessoas. Por isso, é importante que o Maranhão comece a investir nessa faixa etária", destacou João Ricardo Costa Silva.A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi realizada em 35 municípios maranhenses, incluindo São Luís, durante o ano de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento é importante por traçar, ano a ano, a realidade da população brasileira, ajudando os governos a melhorar suas políticas públicas, criando estratégias que ataquem diretamente os principais problemas apresentados.

Com informações do jornal O Estado do Maranhão

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