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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Mãe de vigia denuncia que filho foi coagido, diz presidente da OAB-MA

Presidente da OAB-MA, Mario Macieira
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão, Mário Macieira, afirmou em entrevista à rádio Mirante AM que a mãe do vigilante João José Nascimento Gomes denunciou na tarde dessa quinta-feira (16) à Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, que o filho teria sido coagido para assumir a autoria do assassinato do advogado Brunno Eduardo Matos Soares, de 29 anos.

Brunno foi morto a facadas no dia 6 de outubro, após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), no bairro do Olho d´Água, em São Luís. O irmão dele, Alexandre Soares Matos, 25, e o amigo Kelvin Chiang, 26, também ficaram feridos. O vigilante assumiu a autoria dos crimes.

O inquérito foi concluído e remetido à Justiça nessa quinta-feira (16). No documento, o investigador afirma que o crime aconteceu após uma briga generalizada envolvendo as três vítimas, o vigilante João José Nascimento Gomes, o suspeito que já foi preso Carlos Humberto Marão Filho, 36, e o estudante universitário Diego Polary."Ficamos muito surpresos com a procura da mãe do vigilante, o João, que afirmou ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, o Pedrosa, que ele está sendo coagido. Toda prova anteriormente colhida já apontava para a autoria dos fatos. 

No depoimento do Marão, quando reinquerido, ele disse que o vigia presenciou, mas não matou. Estamos muito surpresos com isso. Fomos com uma comissão falar com o delegado Marcos Affonso, que nos assegurou que vão investigar todos os fatos, sem proteção. Nós confiamos muito no trabalho da polícia. Os dois sobreviventes reconheceram como autor das facadas o Diego. O Marão declara que o vigia não participou. Como que de uma hora para outra o vigilante assume a autoria dos fatos?", questionou Mário Macieira, presidente da OAB-MA.

Advogado Brunno Soares
Entenda

De acordo com o delegado que preside o inquérito, Márcio Dominici, o vigilante teria dito que não lembra a ordem dos fatos, mas afirma que foi ele quem desferiu os golpes de faca nas três vítimas e que se lembra da arma ter ficado fincada nas costas de Kelvin.

"As partes teriam ingerido bebida alcóolica, isso altera os ânimos. O Diego teria danificado o retrovisor do veículo das pessoas que estavam na festa, eles foram saber o por que dele ter feito isso e daí começou a discussão, uma troca de empurrões, começou uma briga e foi quando o vigia se aproximou com uma bicicleta, supostamente para intervir a favor do Marão, e desferiu os golpes de faca", contou.

Comissão

Marão sendo preso após o crime
De acordo com o delegado Augusto Barros, uma comissão de três delegados foi nomeada para investigar o caso. "Há uma orientação da própria delegacia geral de policia civil para que a Delegacia de Homicídios passe a trabalhar em conjunto em todos os atos. A comissão será presidida pelo delegado Dominice e mais dois delegados da Homicídios, o Jeffrey [Furtado] e provavelmente Guilherme. Nossa orientação é essa porque há um volume muito grande de informação", explicou.

Segundo o delegado-geral adjunto do Maranhão, Augusto Barros, ainda há muitas questões a serem dirimidas. “A remessa desses autos à Justiça é necessária porque há um réu preso. Por conta disso, há necessidade de que esse prazo seja acatado, de 10 dias, com o envio do relatório parcial, que foi com pedido de devolução. Esse pedido foi feito. Há, de fato, questões a serem dirimidas", afirmou em entrevista à rádio Mirante AM.

A reconstituição do crime deve ser solicitada. "A reconstituição deve ser proposta, a partir do momento que tenham outras provas para que possamos tomar e para que sejam utilizadas pelo investigador. Nós temos sim versões que se entrechocam. Não basta um depoimento, não basta um eventual reconhecimento, o que queremos é conjunto completo de provas, para que todas corroborem para um sentido único: constituir um número fechado de acusados", disse Augusto Barros.

Do G1 MA com informações da Rádio Mirante AM

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