Apesar de viver um momento duradouro de superexposição, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi alvo apenas de dois requerimentos que pedem sua presença na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.
Na terça-feira, 13, centenas de requerimentos serão analisados pelo colegiado da Comissão, mas só a deputada Erika Hilton (Psol-SP) e o senador Sergio Moro (União-PR) se preocuparam em convidar o ministro campeão de pedidos de visitas ao Congresso – em outras comissões.
Dino, por ser ministro, não pode ser intimado compulsoriamente a comparecer às audiências da CPMI. Ainda assim, haja vista a quantidade de vezes que a oposição pediu que fosse ao Congresso para esclarecer dúvidas (sobre edição de decretos de armas, PL das Fake News e suposta omissão no 8 de janeiro), o ministro não se recusa a visitar os parlamentares e parece sair fortalecido após cada audiência, que rendem memes e excesso de visualizações online devido à retórica afiada contra congressistas, como Marcos do Val (Podemos-ES) e André Fernandes (PL-CE).
Seguindo a marca de ministro que mais esteve no Congresso no primeiro semestre – Dino esteve na Câmara por três vezes e uma vez no Senado, o que foi fruto de 18 requerimentos -, tudo indica que ele irá à CPMI, se aprovado seu convite.
Como a oposição o elegeu como alvo de questionamentos constantes na tentativa de enfraquecer e desgastar o governo, o ministro especialista em virar o feitiço contra o feiticeiro ainda tem seu nome em 77 requerimentos para participar de esclarecimentos em outras comissões e audiências.
Ao todo, Dino soma mais de 14 horas trocando alfinetadas, ora mais sutis, ora mais debochadas, em sabatinas da oposição.
Com informações do Congresso em Foco
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